Prevenção da Saúde
Diabetes: sintomas, tratamentos e causas
25/05/2017 / Autor: http://www.minhavida.com.br

O que é Diabetes?
Sinônimos: diabete, diabetes mellitus
O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da
falta de insulina e/ou
da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um
aumento da glicose (açúcar)
no sangue. O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio
insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou
porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina).
A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está
presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como
fonte de energia. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não
agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o
diabetes.
Tipos
Diabetes tipo 1
No diabetes tipo 1,
o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência de um defeito
do sistema imunológico, fazendo com que nossos anticorpos ataquem as células
que produzem a esse hormônio. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos
pacientes com diabetes.
Pré-diabetes
A pré-diabetes é
um termo usado para indicar que o paciente tem potencial para desenvolver a
doença, como se fosse um estado intermediário entre o saudável e o diabetes
tipo 2 - pois no caso do tipo 1 não existe pré-diabetes, a pessoa nasce com uma
predisposição genética ao problema e a impossibilidade de produzir insulina,
podendo desenvolver o diabetes em qualquer idade.
Diabetes tipo 2
No diabetes tipo 2 existe
uma combinação de dois fatores - a diminuição da secreção de insulina e um
defeito na sua ação, conhecido como resistência à insulina. Geralmente, o
diabetes tipo 2 pode ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis, contudo,
com o passar do tempo, pode ocorrer o agravamento da doença. O diabetes tipo 2
ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.
Diabetes
Gestacional
É o aumento da resistência à ação da insulina na gestação, levando aos
aumento nos níveis de glicose no sangue diagnosticado pela primeira vez na
gestação, podendo - ou não - persistir após o parto. A causa exata do diabetes gestacional ainda
não é conhecida, mas envolve mecanismos relacionados à resistência à insulina.
Outros tipos de diabetes
Esses tipos de diabetes são decorrentes de defeitos genéticos associados
a outras doenças ou ao uso de medicamentos. Podem ser:
- Diabetes
por defeitos genéticos da função da célula beta
- Por
defeitos genéticos na ação da insulina
- Diabetes
por doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose,
fibrose cística etc.)
- Diabetes
por defeitos induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos,
corticoides, betabloqueadores, contraceptivos etc.).
Perguntas
frequentes
Meu exame de glicemia está acima dos 100 mg/dl. Estou com diabetes?
Não necessariamente. O exame de glicemia do jejum é o primeiro passo
para investigar o diabetes e acompanhar a doença. Os valores normais da
glicemia do jejum ficam entre 70 e 99 mg/dL (miligramas de glicose por
decilitro de sangue). Estar um pouco acima desses valores indica apenas que o
indivíduo está com uma glicemia no jejum alterada. Isso funciona como um alerta
de que a secreção de insulina pode não estar normal, e o médico deve seguir com
a investigação solicitando um exame chamado curva glicêmica, que define se o
paciente possui intolerância à glicose, diabetes ou então apenas um resultado
alterado.
Diabetes é
contagioso?
O diabetes não passa de pessoa para pessoa. O que acontece é que, em
especial no tipo 1, há uma propensão genética para se ter a doença e não uma
transmissão comum. Pode acontecer, por exemplo de a mãe ter diabetes e os
filhos nascerem totalmente saudáveis. Já o diabetes tipo 2 tem uma função
multifatorial: é consequência de maus hábitos, como sedentarismo e obesidade,
que também podem ser adotados pela família inteira - explicando porque pessoas
próximas tendem a ter a doença conjuntamente, mas também tem propensão
genética.
Posso consumir mel,
açúcar mascavo e caldo de cana?
Sabe-se que o Diabetes tipo 2 do adulto, que corresponde a 90% dos casos
de Diabetes no mundo, tem causa multifatorial, ou seja, são muitos fatores que
juntos desencadeiam a doença. A vida sedentária, a tendência genética e
principalmente o ganho de peso são as principais causas.
O ganho de peso é decorrente do excesso de calorias ingeridas. Dessa
forma, se a pessoa come açúcar a mais e acaba por isso ganhando peso, neste
caso sim o açúcar é a causa do ganho de peso, que finalmente, pode levar ao
Diabetes. Mas se a pessoa come pão em excesso, ou batata, ou arroz, e devido a
estas calorias fica acima do peso, também igualmente tem risco de desenvolver
Diabetes.
Resumindo: não é o fato de comer especificamente açúcar que causa
Diabetes, mas sim o fato de comer em excesso qualquer alimento que acabe
fazendo com que o peso da pessoa aumente. E, além do excesso de peso, é preciso
juntar outros fatores, como sedentarismo e história familiar para daí sim, ter
maior risco de desenvolver Diabetes.
Insulina causa
dependência?
A aplicação de insulina não promove qualquer tipo de dependência química
ou psíquica. O hormônio é importante para permitir a entrada de glicose na
célula, tornando-se fonte de energia. Não se trata de dependência química e sim
de necessidade vital. O paciente com diabetes precisa da insulina para sobreviver,
mas não é um viciado na substância.
sintomas
Os principais sintomas do diabetes são vontade frequente de urinar, fome
e sede excessiva e emagrecimento. Esses sintomas acontecem em decorrência da
produção insuficiente de insulina ou da incapacidade de a insulina exercer
adequadamente sua ação, causando assim um aumento da glicose no sangue. Confira
a seguir os sintomas característicos de cada tipo de diabetes.
Principais sintomas
do diabetes tipo 2:
Pessoas com diabetes tipos 2 não apresentam sintomas iniciais e podem
manter a doença assintomática por muitos anos. No entanto, devido a uma
resistência à insulina causada pela condição de saúde é possível manifestar os
seguintes sintomas:
- Fome
excessiva
- sede
excessiva
- infecções
frequentes. Alguns exemplos são bexiga, rins e pele
- Feridas
que demoram para cicatriza
- Alteração
visual (visão embaçada)
- Formigamento
nos pés e furúnculos.
Qualquer indivíduo pode manifestar diabetes tipo 2. No entanto ter idade
acima de 45 anos, apresentar obesidade ou sobrepeso e ter histórico familiar de
diabetes tipo dois podem aumentar o risco de ter a doença.
Sintomas do
diabetes tipo 1
Pessoas com diabetes tipo 1 podem apresentar os seguintes sintomas:
- Vontade
frequente de urinar
- Fome
excessiva
- Sede
excessiva
- Emagrecimento
- Fraqueza
- Fadiga
- Nervosismo
- Mudanças
de humor
- Náusea
e vômito.
O diabetes tipo 1 pode ocorrer por uma herança genética em conjunto com
infecções virais. A doença pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais
comum ser diagnosticada em crianças, adolescentes ou adultos jovens
Sintomas do
diabetes gestacional
O diabetes gestacional, na maioria das vezes, não causa sintomas e o
quadro é descoberto durante os exames periódicos. No entanto, devido ao aumento
da glicemia durante a gravidez é possível manifestar os seguintes sintomas:
- Sede
excessiva
- Fome
excessiva
- Vontade
constante de urinar
- Visão
turva.
Qualquer mulher pode manifestar o diabetes gestacional. No entanto, ter
histórico familiar de diabetes, excesso de peso antes da gravidez e ganho de
peso durante a gestação podem favorecer o quadro.
Sintomas do Pré
diabetes
O pré-diabetes é a situação clínica que precede o diagnóstico do
diabetes tipo 2. Geralmente o pré-diabetes não é acompanhado de sintomas. Por
isso é uma condição de saúde que muitas vezes não é diagnosticada.
No entanto, se o indivíduo apresentar ganho de peso, ter casos de
diabetes na família, ingerir uma dieta rica em alimentos hipercalóricos e for
sedentário, é importante procurar orientação médica para investigar como estão
os níveis de glicose no sangue.
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diagnóstico e exames
Diagnóstico de
Diabetes
O diagnóstico de diabetes normalmente é feito usando três exames:
Glicemia de jejum
A glicemia de jejum é
um exame que mede o nível de açúcar no seu sangue naquele momento, servindo
para monitorização do tratamento de diabetes. Os valores de referência ficam
entre 70 a 99 miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dL). O que
significam resultados anormais:
- Resultados
entre 100 mg/dL e 125 mg/dL são considerados anormais próximos ao limite e
devem ser repetidos em uma outra ocasião
- Valores
acima de 140 mg/dL já são bastante suspeitos de diabetes, mas também
devendo ser repetido em uma outra ocasião, mas sempre é necessária uma
avaliação médica.
Hemoglobina glicada
Hemoglobina glicada (HbA1c)
a fração da hemoglobina ( proteína dentro do glóbulo vermelho) que se liga a
glicose. Durante o período de vida da hemácia - 90 dias em média - a
hemoglobina vai incorporando glicose, em função da concentração deste açúcar no
sangue. Se as taxas de glicose estiverem altas durante todo esse período ou
sofrer aumentos ocasionais, haverá necessariamente um aumento nos níveis de
hemoglobina glicada. Dessa forma, o exame de hemoglobina glicada consegue
mostrar uma média das concentrações de hemoglobina em nosso sangue nos últimos
3 meses . Os valores da hemoglobina glicada irão indicar se você está ou não
com hiperglicemia, iniciando uma investigação para o diabetes. Valores normais
da hemoglobina glicada:
- Para
as pessoas sadias: entre 4,5% e 5,7%
- Para
pacientes já diagnosticados com diabetes: abaixo de 7%
- Anormal
próximo do limite: 5,7% e 6,4% e o paciente deverá investigar para
pré-diabetes
- Consistente
para diabetes: maior ou igual a 6,5%.
Curva glicêmica
O exame de curva glicêmica simplificada mede a velocidade com que seu
corpo absorve a glicose após a ingestão. O paciente ingere 75g de glicose e é
feita a medida das quantidades da substância em seu sangue após duas horas da
ingestão. No Brasil é usado para o diagnóstico o exame da curva glicêmica
simplificada, que mede no tempo zero e após 120 minutos.Os valores de
referência são:
- Em
jejum: abaixo de 100mg/dl
- Após
2 horas: 140mg/dl
Curva glicêmica maior que 200 mg/dl após duas horas da ingestão de 75g
de glicose é suspeito para diabetes.
A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda como critério de
diagnóstico de diabetes mellitus as seguintes condições:
- Hemoglobina
glicada maior que 6,5% confirmada em outra ocasião (dois testes alterados)
- Uma
dosagem de hemoglobina glicada associada a glicemia de jejum maior que 200
mg/dl na presença de sintomas de diabetes
- Sintomas
de urina e sede intensas, perda de peso apesar de ingestão alimentar, com
glicemia fora do jejum maior que 200mg/dl
- Glicemia
de jejum maior ou igual a 126 mg/dl em pelo menos duas amostras em dias
diferentes
- Glicemia
maior que 200 mg/dl duas horas após ingestão de 75g de glicose.
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tratamento e cuidados
O tratamento de diabetes tem como objetivo controlar a glicose presente
no sangue do paciente evitando que apresenta picos ou quedas ao longo do dia.
Veja a seguir o tipo de tratamento para cada tipo de diabetes:
Confira novos tratamentos que
abrem perspectivas para controle da doença
Tratamento para
diabetes tipo 1
O tratamento para o diabetes tipo 1 requer as seguintes medidas
Aplicação de
insulina
Os pacientes com diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de
insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Para fazer essa
medida é necessário ter em casa um glicosímetro, dispositivo capaz de medir a
concentração exata de glicose no sangue.
A insulina deve ser aplicada diretamente no tecido subcutâneo (camada de
células de gordura), logo abaixo da pele.
Os melhores locais para a aplicação de insulina são:
- Abdome
(barriga)
- Coxa
(frente e lateral externa)
- Braço
(parte posterior do terço superior)
- Região
da cintura
- Glúteo
(parte superior e lateral das nádegas).
Uso de medicamentos
específicas
Além de prescrever injeções de insulina para baixar o açúcar no sangue,
alguns médicos solicitam que o paciente inclua também medicamentos via oral em
seu tratamento. Os medicamentos mais usados para tratar o diabetes tipo 1 são:
- Glifage
- Glifage
Xr
- Metformina.
Tratamento para
Diabetes Gestacional
O tratamento para mulheres que apresentam diabetes gestacional visa
diminuir os níveis de açúcar na corrente sanguínea da mãe, a fim de evitar que
também prejudique o desenvolvimento do bebê. Veja a seguir como é o tratamento
para o diabetes gestacional
Monitorização
cuidadosa do seu bebê
Mulheres que apresentem uma condição de diabetes gestacional precisam
observar como está o crescimento do bebê e desenvolvimento do bebê, com
ultrassons e outros exames.
Uso de medicamentos
específicos
Caso uma dieta acompanhada exercícios não seja suficiente, a gestante
pode precisar de injeções de insulina para baixar o açúcar no sangue. Alguns
médicos prescrevem também medicamentos via oral para controlar o açúcar no
sangue.
Tratamento para o
diabetes tipo 2
Pessoas que apresentam diabetes tipo 2 contam com práticas específicas
no tratamento da condição de saúde. Confira a seguir:
Tratamento das
comorbidades do Diabetes tipo 2
No geral, o diabetes tipo 2 vem acompanhados de outros problemas, como
obesidade e sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados e hipertensão.
Dessa forma, é importante consultar seu médico e cuidar também dessas
outras doenças e problemas que podem aparecer junto com o diabetes tipo 2.
Dessa forma, a pessoa com diabetes garante a sua saúde e consegue
controlar todas as doenças com mais segurança.
Medicamentos para
tratar diabetes tipo 2
Entre os medicamentos que podem ser usados para controlar o diabetes
tipo 2 estão:
- Inibidores